Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre BEBIDAS ISOTÔNICAS, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

São Paulo repõe sais perdidos no suor dos jogadores

O fisiologista do atual campeão brasileiro desenvolveu uma fitinha que contém grande quantidade de sódio e potássio. O resultado apareceu no campo: ganho de rendimento.






No futebol, o atual campeão brasileiro tem um desafio e tanto pela frente. Se passar pelo Corinthians e chegar às finais do Campeonato Paulista, o São Paulo terá que disputar sete partidas em 21 dias. O repórter Bruno Laurence mostra como o clube recupera os jogadores em maratonas como essa.

Pernas para correr, sem parar, por 90 minutos. Após o jogo, esse é o resultado.
"A gente, dentro de campo, termina suando bastante e perdendo muita água, muitos sais", conta Jorge Wagner, meio-campo do São Paulo.

A hidratação ajuda na reposição do que se perde na transpiração, seja com água ou bebidas isotônicas, ricas em sais minerais. Mas só isso não é o suficiente quando falamos de alto rendimento. O São Paulo estudou o suor dos jogadores e verificou a quantidade de sódio e potássio que cada atleta perdia na transpiração.

Jorge Wagner costuma correr 13 quilômetros em 90 minutos e perde, em média, três quilos, que representam três litros de suor.

Para repor a quantidade de sódio e potássio perdidos durante uma partida, o jogador teria que tomar o suco de seis laranjas ou comer quatro bananas.Então, por que não servir algumas frutas no intervalo do jogo? “Para você absorver depois de digerir uma banana ou uma laranja, você vai precisar de, pelo menos, em torno de uns 40 minutos a uma hora, tempo que o jogo já acabou”, explica o fisiologista do São Paulo, Turíbio Leite de Barros.

O avanço veio ano passado. O fisiologista encontrou uma solução. É algo tão pequeno que quase não é possível ver. Uma fitinha que contém grande quantidade de sódio e potássio, que parece uma folha de papel. Assim que é dissolvida na língua, ela entra no organismo.

O estudo mostrou que Jorge Wagner, por exemplo, precisa de oito fitas para repor os 120 gramas de sódio que perde durante um jogo. O zagueiro Renato Silva corre menos. Os 60 gramas de sódio perdidos por ele são repostos com a metade da dose de Jorge. Tudo feito antes e no intervalo das partidas.

O resultado aparece no campo: ganho de rendimento, que pode fazer a diferença entre a derrota e a vitória. Há um ano e meio, ninguém tem cãibras no time. A fadiga muscular demora mais para chegar.

“A gente faz a nossa parte dentro de campo e a comissão técnica e a parte médica também tem feito a parte deles fora de campo, nos deixando em condições de correr os 90 minutos”, afirma Jorge Wagner.

Fonte: Jornal Nacional - Edição do dia 06/04/2009
Disponível em : http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1075820-10406,00-SAO+PAULO+REPOE+SAIS+PERDIDOS+NO+SUOR+DOS+JOGADORES.html

8 comentários:

Unknown disse...

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Att.

Caroline Felix disse...

Com finalidade de prevenir a desidratação, as bebidas isotônicas foram desenvolvidas para repor líquidos e sais minerais perdidos com a transpiração durante um exercício com carga intensa. Eles são ricos em sódio, potássio, cálcio e fósforo, nutrientes que quando estão na corrente sanguínea favorecem o funcionamento das células e deixam o indivíduo com mais energia, tirando a sensação de cansaço.
Por ter essas características, as bebidas isotônicas possuem melhor capacidade de repor líquidos, ganhando da água de coco e da própria água nesse quesito. No entanto os Isotônicos não substituem a água, recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é que bebidas isotônicas sejam consumidas apenas por atletas, depois de uma atividade física pesada ou indicada por um especialista. Dessa forma por mais que estas bebidas melhorem o rendimento dos esportistas, elas não devem ser consumidas como uma alternativa para matar a sede ou para hidratação, substituindo sucos, chás e, principalmente, a água.
O consumo sem indicação de um profissional e a falta de exercícios pode levar agravamento de diversas doenças crônicas. A maior quantidade de sal na corrente sanguínea pode ser um fator desencadeador para a piora dos quadros de hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e insuficiência renal. Dessa forma, na terceira idade o uso dessas bebidas se torna contraindicado e perigoso.

https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/12300-consumo-de-bebidas-isotonicas-deve-ser-controlado
https://cidadeverde.com/noticias/213979/os-riscos-e-os-beneficios-de-isotonicos-energeticos-e-termogenitos

Clara Freire disse...

Vemos na notícia acima como a hidratação, principalmente de atletas, é fundamental para que se tenha uma performance excelente. Percebe-se o uso de uma formulação farmacêutica para auxiliar na reposição de eletrólitos com uso de fitas, já que só o uso de bebidas isotônicas não suprimiu a necessidade, visto a perda e a demanda que o organismo do atleta em questão possui. Bebidas como Gatorade, soro caseiro dentre ouras são tidas como bebidas isotônicas. Estas possuem concentrações de eletrólitos semelhantes ao sangue humano (o que garante a isotônia) fazendo com que ocorra uma rápida absorção de líquido, uma vez que a biodisponibilidade de seus nutrientes foi largamente estudada e padronizada (ou deveriam ser). Por exemplo, segundo o fabricante do Gatorade sua informação nutricional diz respeito que em uma GARRAFA DE 500 ML: SÓDIO 260MG CARBOIDRATOS 30MG/ CALORIAS 120KCAL/ POTÁSSIO 70MG. Percebe-se que é uma solução hidroeletrolítica, todavia que não é água, não podendo ser usada de forma desregulada. No Brasil segundo a Resolução RDC n°18, de 27 de Abril de 2010 da ANVISA. Estas bebidas estão relacionadas a equilíbrio eletrolítico podendo agravar doenças como hipertensão, doença relacionada ao volume sanguíneo, resistência vascular fatores esses que são alterados com uma desregulação de molaridade de íons no sangue. Além disso, podem sobrecarregar os rins, já que a concentração da urina está diretamente relacionada a fatores eletrolíticos. Dessa maneira, entendemos o motivo do fisiologista utilizar outras formas de hidratação do atleta, todavia até mesmo as fitas precisam ser usadas com moderação e com acompanhamento diário do equilíbrio eletrolítico do organismo.

Unknown disse...

As bebidas isotônicas foram cientificamente desenvolvidas para prevenir a desidratação, promovendo a reposição de líquidos, carboidratos e sais minerais que foram perdidos durante a transpiração (ou suor excessivo) provocados pelas atividades físicas, fornecendo assim e de forma rápida a energia e a disposição necessárias para os músculos continuarem em movimento, diminuindo a sensação de cansaço e mal-estar. Sendo assim, os isotônicos são capazes de restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico, isso porque em sua formulação contém fósforo, cálcio, sódio e potássio, nutrientes que favorecem o bom funcionamento das células; porém o consumo com a finalidade de matar a sede não é ideal, pois não substituem a água, ou sucos. Segundo orientações da ANVISA, bebidas isotônicas devem ser consumidas por atletas ou pessoas que mantém alguma atividade física regularmente, pois o consumo exagerado pode provocar doenças como a hipertensão.

LeTíCiA disse...

No que tange o texto é muito interessante observar como as alternativas de vias de administração de substancias com mesma finalidade acabou sendo uma ação importante para o rendimento de performance, nesse caso, no futebol.
Vale destacar que essas fitas nada mais são do que um tipo de isotônicos, que são comumente conhecidos engarrafados, como o Gatorade, ou até mesmo um tipo que pode ser feito em casa, o soro caseiro.
Os isotônicos, de modo geral, visam auxiliar na reposição de eletrólitos, auxiliando na hidratação. Nas bebidas expostas acima estão presentes eletrólitos numa concentração semelhante ao do sangue humano, fazendo com que ocorra absorção de líquidos. Entretanto esses líquidos por apresentarem outras substancias como sais, cloreto, carboidratos e potássio podem trazer malefícios para diversos órgãos do consumidor sendo necessário um limite de uso. Considerando isso também, as fitas trazem ainda mais benefícios, já que possui o intuito de repor exatamente o que foi perdido, sem necessariamente consumir outras substancias presentes no Gatorade, por exemplo, e também por utilizar outra via de administração, podendo realizar uma reidratação mais acelerada e diretamente com o consumo de água, além da fita.
Entretanto é importante que essas fitas sejam utilizadas com moderação, testes sejam realizados e acompanhamentos com os atletas que fazem uso da mesma, ainda mais sendo uma nova “formulação” de produtos isotônicos.

priscila reis disse...

Durante a execução de um exercício de alto gasto calórico, como o futebol, o suor e evaporação são importantes mecanismos de termorregulação utilizados pelo organismo.
Esta perda hídrica pode desencadear um estado de desidratação e desequilíbrio eletrolítico, diminuindo a performance dos atletas.
A diminuição de cãibras musculares e intensa sede são aspectos que prejudicam fortemente os jogadores.
Tendo em conta o gasto calórico, apenas água não é suficiente para reposição destes eletrolitos.
Segundo a ANVISA, isotônicos são alimentos para fins especiais classificados como suplementos hidroeletrolíticos para atletas, destinados a auxiliar a hidratação.
Apesar dos diversos benefícios, é importante a conscientização de sua correta ingestão. Segundo dados de 2015 da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas, o consumo de bebidas energéticas e isotônicas aumentou consideravelmente.
Este consumo crescente pode ser associado a rotulagem com aspecto ‘’saudável e esportivo’’, porém os malefícios como problemas renais dificilmente são citados.


ABIR. SAIBA MAIS SOBRE A FUNCIONALIDADE DAS BEBIDAS ISOTÔNICAS. Disponível em: . Acesso em 22 mai 2022.

CORREIO BRAZILIENSE. ANVISA DEFENDE QUE BEBIDA ISTOÔNICA SEJA SÓ PARA ATLETA. Disponível em: . Acesso em 22 mai 2022.

INGRID, Gabriela. ISOTÔNICO SEM INDICAÇÃO FAZ MAL. Disponível em: Acesso em 22 mai 2022.

Lucas Farizel disse...

A frase "Durante e após um exercício físico é bom se hidratar" já é bastante conhecida pela população, e ela é uma verdade, pois a transpiração durante exercícios físicos podem retirar uma quantidade de sais do organismo capazes de afetar a isotonia do organismo, o equilíbrio no corpo.
Porém na maioria dos exercícios apenas a ingestão de água já é o suficiente para uma reidratação, não sendo necessário o uso de bebidas isotônicas(também conhecidas como bebida esportiva), existe na verdade um cálculo que indica a necessidade ou não do consumo de um isotônico, onde é comparado o peso antes e depois do exercício, sendo possível aferir se a quantidade de sais perdidos pelo suor são o suficiente para alterar o balanço eletrolítico do organismo.
Essas bebidas possuem formação semelhante ao do sangue e devido a sua alta concentração de sais são rapidamente absorvidos pelo organismo, podendo levar a rápida reidratação, que é o objetivo, bem como se usadas em excesso ou por pessoas não desidratadas a um aumento da pressão arterial e outros problemas, essa falta de informação quanto a possíveis reações adversas são ignorados no marketing destes produtos, que se apresentam como SEMPRE indicados ao praticar exercícios e vendidos até mesmo como apenas uma bebida com um sabor agradável em alguns casos, essa falta de informação correta faz com que muitos acreditem que o ideal seria um possível controle quanto a venda e uso desse tipo de bebidas.

Luan Ferreira disse...

Sabe-se que uma hidratação adequada melhora as características fisiológicas e funcionais do organismo. A ingestão de água de coco ou soluções isotônicas fornecem determinadas quantidade de sais minerais, vitaminas e glicose para que o organismo funcione bem. Por exemplo, os sais minerais que aqui ditos eletrólitos, fornecem da diferença de potencial de membrana (DDP), que possibilita a transmissão de um impulso nervoso, acarretando na liberação de neurotransmissores. Vitaminas funcionam como cofator enzimático nos processos de síntese e degradação de moléculas do sistema imune, auxiliando na resposta imune do indivíduo e a glicose, por sua vez, está relacionada com a produção de energia necessária para que esses outros processos ocorram.
Entretanto, sabemos também que uma hidratação adequada somente com água, promove a excreção de metabólitos tóxicos e principalmente ácido úrico, que é derivado do catabolismo de proteínas, oxalato de cálcio, oriundo de uma hipercalcemia – por exemplo- e cristais de sódio, provenientes do excesso de consumo de sódio. Quando ingerimos água, que é o solvente universal, passamos a dissipar a concentração do soluto, ou seja, estamos diminuindo concentração eletrolítica pra que o organismo elimine essas moléculas mais facilmente.
E é esse balanço hidroeletrolítico que permite o bom funcionamento do órgão. E assim sabemos dos prós e contras que ambas as soluções aqui discutidas tendem a fornecer.
Por exemplo, o isotônico é uma bebida hidroeletrolítica com quantidades definidas de sais minerais, glicose e em alguns casos, vitaminas, que são direcionados para atletas de alta performance, que devido a prática esportiva, possuem uma grande perda de água e sais minerais. Já a água de coco, contem sais minerais, glicose, vitaminas e outras substancias não nutrientes que auxiliam no funcionamento do organismo. A diferença fica a cargo da concentração dessas moléculas, não qual variam de acordo com a espécie, o tipo de solo, o tipo de cuidado por parte do produto, etc.
Em alguns casos patológicos, principalmente quando ocorre síndromes diarreicas, como por exemplo, em casos de infeções virais como Dengue, Rotavírus, e outras infecções enterais bacterianas, há a indicação médica para o consumo de isotônicos, justamente para recompor esse balanço hidroeletrolítico. Porém, para estes casos patológicos, são mais dicados soluções farmacológicas que contenham essas mesmas substâncias, mas com um controle de qualidade muito apurado, ou seja, com um maior nível de precisão da concentração dos sais minerais e da água, pois são justamente direcionados para pacientes com esses tipos de patologia.
Entretanto, vale ressaltar, que pacientes normais, sem perda desse balanço, ou pior, pessoas com problemas metabólicos como diabetes e hipertensão, devem tomar cuidado ao consumir isotônicos devido a presença de sais que podem aumentar a pressão arterial de acordo com a quantidade consumida, e o mesmo se aplica a glicose em relação aos diabéticos.
Agora, falando um pouco sobre a água de coco industrializada, que embora tenha um melhor controle sobre a concentração dos eletrólitos, também há a adição de conservantes, o que acarreta na alteração de características organolépticas, como por exemplo sabor e cheio metalizados. E ainda pode ocorrer reações de sensibilidade, acarretando em danos alérgicos ao consumidor por conta dos conservantes adicionados.
Contudo, o isotônico e a água de coco, mesmo a industrializada, são tidos como alimentos comuns, disponíveis em supermercados, lanchonetes, padarias, etc, cabendo ao consumidor ficar atento ao rótulo e buscar orientação dos danos causados pelo excesso do consumo desses produtos. Já as soluções de reposição de eletrólitos farmacológica é tida como medicamento, sendo regulamenta como tal, e a mesma deve ser consumida seguindo orientações médicas e/ou farmacêuticas.